segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

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CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL O SISTEMA GESTOR DE CONTROLE PARA AS EMPRESAS

MÓDULO IV – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTÁBEIS E SUAS ANÁLISES FINANCEIRAS

4.1 BALANÇO PATRIMONIAL

4.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

4.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZO ACUMULADO

4.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

4.5 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

4.6 NOTAS EXPLICATIVAS

4.7 CRITÉRIOS CONTÁBEIS

4.8 ANÁLISE DOS CUSTOS PARA EXECUÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E FINANCEIRA

4.9 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

4.10 INDICADORES DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

4.11 MÉTODOS DE ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

4.12 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL PARA AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

4.13 ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

4.14 O MODELO DE PREVISÃO DE FALÊNCIA DE KANITZ

SINTESE GERAL DE CONTABILIDADE FINACEIRA E GERENCIAL

MÓDULO IV – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTÁBEIS E SUAS ANÁLISES FINANCEIRAS

A Lei 11.638/2007 das Sociedades Anônimas, referendado pela Medida Provisória MP nº 449/2008 e aprovado pelo Congresso através da lei 11.941 de 27 de maio de 2009, segundo diário oficial – DOU de 28 de maio de 2009, realizou algumas alterações significantes existente na lei 6.404/76, conforme observa a seguir:

· Revogação DOAR e implantação da DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa);

· Obrigatoriedade de elaboração e publicação do Fluxo de Caixa;

· Registros contábeis influenciados por critérios tributários;

· A nova classificação do Ativo Permanente;

· A nova classificação do Patrimônio Líquido;

· Nova forma de registro de comodato, consignação e outros;

· Mudanças no Ativo Diferido;

· Mensuração do Ativo Intangível;

· Mudanças na reserva de capital;

· Revogação da reserva de reavaliação;

· Novo grupo: Ajustes de avaliação patrimonial;

· Novos critérios: valor de mercado X valor de custo de aquisição – quando adotá-los;

· Amortização de intangíveis;

· Critérios de revisão da vida útil dos bens permanentes;

· Valor de obrigações no passivo circulante e no exigível a longo prazo – mudanças.

A Lei 11.638/2007 das Sociedades Anônimas, referendado pela Medida Provisória MP nº 449/2008 e aprovado pelo Congresso através da lei 11.941 de 27 de maio de 2009, segundo diário oficial – DOU de 28 de maio de 2009, permanece estabelecendo que, ao final de cada exercício social, a Diretoria da empresa deve elaborar, com base na escrituração mercantil, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do Patrimônio da empresa ocorrida no exercício.

a. Balanço Patrimonial;

b. Demonstração de Resultado do Exercício;

c. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;

d. Demonstração do Fluxo de Caixa;.

e. Notas Explicativas

Em substituição à Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, as empresas podem elaborar a Demonstração das Mutações do patrimônio Liquido.

O Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulados devem ser transcritos no Diário.

4.1 BALANÇO PATRIMONIAL

Evidencia balanço patrimonial, como a demonstração financeira resumidamente, o patrimônio da entidade, quantitativamente e qualitativamente.

Exemplo de Balanço Patrimonial:

BALANÇO PATRIMONIAL

31 DE DEZEMBRO 2009.

ATIVO

$

ATIVO CIRCULANTE

DISPONIVEL

Caixa

686,70

Cheques - atrasados

49.283,02

Banco do Brasil

48.314,91

Caixa Economica Federal

169,95

Aplicação Financeira - Banco Brasil

227.000,00

Total Disponível

325.454,58

ESTOQUES

Materia Prima - Tecido

0,00

Materia Prima - Secundário

282.220,69

Loja Mercosul

191.875,58

Loja Uninvep

194.277,60

Loja da Fábrica

87.808,30

Loja All Shophing

170.432,60

Expedição

196.986,55

Total do Estoque

1.123.601,32

CRÉDITO

Contas a Receber

752.714,79

Total Crédito

752.714,79

Total do Ativo Circulante

2.201.770,69

ATIVO NÃO CIRCULANTE

IMOBILIZADO

Edificio

73.759,73

Máquinas e Equipamentos

333.691,28

Computadores

19.897,00

Veículos

88.800,00

Depreciação Acumulada

136.619,98

Total do Ativo Não Circulante

379.528,03

Total do Ativo

2.581.298,72

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE

Contas a Pagar

277.144,79

Impostos a Pagar

0,00

Contas a Pagar Proger-Cap.Giro

0,00

Contas a Pagar Proger-Maquina

0,00

Contas a Pagar Proger-Veículo

0,00

Provisão de Férias + 13º Salário + Encargos

34.108,02

Total do Passivo Circulante

311.252,81

PASSIVO NÃO CIRCULNTE

EXIGIVEL A LONGO PRAZO

Contas a Pagar Projer - Cap.Giro

0,00

Contas a Pagar Proger-Maquina

7.332,16

Contas a Pagar Proger-Veículo

5.472,65

Total do Passivo Não Circulante

12.804,81

PATRIMONIO LÍQUIDO

Capital Social

883.301,32

Lucros Acumulados/2008

694.622,82

31/1/2009

-7.599,95

28/2/2009

11.145,43

31/3/2009

101.648,33

30/4/2009

59.424,96

31/5/2009

20.365,39

30/6/2009

26.287,12

31/7/2009

25.983,96

31/8/2009

63.731,39

30/9/2009

81.461,01

31/10/2009

49.679,57

30/11/2009

128.070,92

30/12/2009

119.118,83

Reservas de Lucros

679.316,96

Total do Patrimonio Líquido

2.257.241,10

Total do Passivo

2.581.298,72

4.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período.

Estabelece a ordem de apresentação das receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação.

Antes de abordarmos aspectos mais detalhados dos seus compo­nentes, cabe destacar os princípios contábeis que devem nortear a contabilidade das empresas no reconhecimento contábil das receitas, custos e despesas.

Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda e;

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Essas conceituações da lei representam, basicamente, o princípio de contabilidade que é:

Princípio da Realização da Receita e Confrontação das Despesas

Pelo princípio da realização da receita e confrontação das despesas, as receitas são reconhecidas no exercício em que são realizadas, sendo que a realização ocorre quando do fornecimento de bens ou serviços em troca de dinheiro ou de outro tipo de ativo, tal como os títulos a receber. Assim sendo, esse princípio norteia a contabilização das vendas de bens e de serviços e o conseqüente registro das contas a receber.

Pelo princípio ou regime de competência, as receitas, custos e despesas são contabilizados como tais no período da ocorrência do seu fato gerador e não quando são recebidos ou pagos em dinheiro.

É por decorrência desse princípio que, por exemplo:

a) A receita de venda é contabilizada por ocasião da venda e não quando do seu recebimento.

b) A despesa de pessoal (salários e seus encargos) é reconhecida no mês em que se recebeu tal prestação de serviços, mesmo que paga no mês seguinte.

c) Uma compra de matéria-prima é contabilizada quando do recebimento da mercadoria e não quando do seu pagamento.

d) A despesa do imposto de renda é registrada como provisão no mesmo período dos lucros a que se refere e não no exercício seguinte, quando é declarada e paga.

O objetivo da Demonstração do Resultado do Exercício é fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa, como já indicado, os dados básicos e essenciais da formação do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício.

A Demonstração, visando atender a tal objetivo, pois, sumariando, temos que a Demonstração é iniciada com o valor total da receita apurada nas suas operações de vendas, da qual é deduzido o custo total correspondente a essas vendas, apurando-se a margem bruta, ou seja, o lucro bruto.

São, então, apresentadas as despesas operacionais segregadas por subtotais, conforme sua natureza, quais sejam:

· Despesas com vendas

· Despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras

· Despesas gerais e administrativas

· Outras despesas e receitas operacionais

Assim sendo, deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro bruto, apresentam-se os lucros operacionais, que são outro dado importante na análise das operações da empresa. Após o lucro operacional, apresentam-se as receitas e despesas não operacionais, que são as transações realizadas no período, não vinculadas à exploração do objeto da empresa e, depois, o resultado líquido dos efeitos da inflação sobre o resultado do exercício, que é o saldo da conta de correção monetária, podendo representar uma despesa ou uma receita, apurando-se então o resultado antes do imposto de renda.

Deduz-se, a seguir, a provisão para o imposto de renda e, finalmente, as participações de terceiros, que são na forma de acionistas, calculáveis sobre o lucro, tais como empregados, administradores, partes beneficiárias, debêntures e contribuições para fundos de benefícios e empregados, chegando-se, assim, ao lucro (ou prejuízos líquidos do exercício, que é o valor final da Demonstração).

Exemplo de Demonstração de Resultado do Exercício:

DRE ANO DE 2009

Saldo Total

DESCRICAO

$

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

3.805.930,47

SIMPLES FEDERAL - DARF

96.504,83

RECEITA LIQUIDA DE VENDAS

3.709.425,64

SAÍDAS

1.253.446,00

RESULTADO BRUTO DO EXERCICIO

2.455.979,64

FACÇÃO

0,00

IPTU

346,91

ALVARA

660,27

FRETES

19.669,71

GRAFICA

6.384,00

VIAGENS

13.471,12

ALUGUEL

81.741,22

BRINDES

7.988,51

CELULAR

7.880,16

REFEIÇÃO

3.226,40

TELEFONE

21.217,63

INTERNET

2.005,13

CORREIOS

8.470,33

CONDOMINIO

70.973,01

EXTINTORES

245,00

PATROCINIOS

2.194,50

COPA/COZINHA

3.254,05

AGUA/SANEPAR

865,36

OUTROS IMPOSTOS

2.421,24

OUTROS SERVIÇOS

5.744,40

CONFRATERNIZAÇÃO

1.456,03

IMPOSTO DE CARRO

2.180,00

ENERGIA ELETRICA

14.212,43

PEÇAS DE VEICULOS

0,00

MOVEIS/UTENSILIOS

6.427,02

MATERIAL DE LIMPEZA

1.337,56

DECORAÇÃO DAS LOJAS

4.662,57

COMISSÃO DE PRODUÇÃO

443.545,53

HONORÁRIOS CONTÁBEIS

13.931,00

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

489,96

PEÇA PILOTO/PILOTOGEM

3.104,19

COMBUST/LUBRIFICANTES

8.048,21

COMISSÃO DE TERCEIROS

285.414,54

MANUTENÇÃO DE VEICULO

6.131,45

HOMENAGEM FUNCIONARIOS

94,90

MATERIAL DE ESCRITORIO

4.716,80

PROPAGANDA E MARKENTIN

84.013,66

MENSALIDADE DE PROGAMA

9.236,00

MONITORAMENTO/SEGURANÇA

1.954,00

LIMPEZA VIDROS DAS LOJAS

1.000,00

TELEFONE/CELULAR/INTERNET

0,00

SEGURO/SEGURO OBRIGATORIO

7.228,58

ETIQUESTAS/EMBALAGEM/SACOLAS

30.975,30

CONSERTO/PEÇAS DE COMPUTADOR

3.807,59

PEÇAS/TINTAS/HIDRAULICA/ELETRICA

10.906,00

SEMINARIOS/EVENTOS/CURSOS/PALESTRA

832,00

DEPRECIAÇÃO

38.578,07

Total Despesas Administrativa

1.243.042,34

CPMF

0,00

IOF

54,99

JUROS PAGOS

0,00

ALUGUEL POS - VISA

3.024,00

MANUTENÇÃO DA CONTA

180,00

ENGARGOS/TARIFAS BANCARIAS

2.654,79

TARIFAS DE CUSTODIA CHEQUE

300,00

Total Despesas Fnanceira

6.213,78

INSS

14.212,13

FGTS

12.793,94

VALES

13.559,98

FERIAS

29.505,64

EXAMES

240,00

RECISÃO

5.010,64

CONVENIO

12,00

SALÁRIOS

144.170,76

SINDICATO

2.760,56

UNIFORMES

2.769,50

PRO-LABORE

35.936,00

BENEFICIOS

1.209,40

CONSULTORIA

7.364,00

13º TERCEIRO

23.821,59

HORAS EXTRAS

4.750,26

VALE TRANSPORTE

0,00

PREMIOS DE VENDA

9.277,00

COMISSÃO DE VENDAS

84.912,62

PRESTADORES DE SERVIÇO

34.055,62

PRO-LABORE/DESPESA CASA

120.976,18

PROVISÃO DE FÉRIAS+13 E ENCARGOS

34.108,02

Total Despesas Pessoal

527.406,56

RESULTADO OP BRUTO

679.316,96

TROCO

200,00

PARCELA PROGER

6.539,79

PARCELAS BB GIRO

100,00

PARCELAS EMPRESTIMOS

16.063,83

OUROCAP

1.116,00

APLICAÇÃO/POUPANÇA

227.000,00

INSTALAÇÕES P/ LOJAS

25.250,27

TRANSFERENCIA ENTRE CONTAS

3.282,00

MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS/MÓVEIS

197.511,96

RESULTADO DO EX. ANTES IR

202.453,11

LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO

202.453,11

4.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZO ACUMULADO

A obrigatoriedade desta demonstração pela lei das S.A. foi bastante oportuna, pois possibilita a evidência clara do lucro do período, a sua distribuição e a movimentação ocorrida no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados.

A Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulado demonstra o lucro apurado no exercício e sua destinação, bem como os eventos que modificam o saldo da Conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, como correção monetária, ajustes e reversões de reservas.

Exemplo de Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados:

DLPA - DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS OU DOS PREJUIZOS ACUMULADOS DO ANO DE 2009

DISCRICAO

VLR_REAL

1

Saldo no início do período

694.622,82

2

Ajustes de exercícios anteriores (+ ou -)

0,00

3

Correção monetária do saldo inicial (+)

0,00

4

Saldo ajustado e corrigido

694.622,82

5

Lucro ou Prejuízo do exercício (+ ou -)

679.316,96

6

IRR Fonte s/ lucro liquido (-)

0,00

7

Reversão de Reservas (+)

0,00

8

Saldo a disposição

679.316,96

9

Destinação do exercício

679.316,96

· Reservas Legal

0,00

· Reservas Estatutária

0,00

· Reservas para Contingência

0,00

· Outras Reservas

0,00

Dividendos Obrigatórios (R$ por ação)

0,00

10

Saldo no fim do exercício

1.373.939,78

4.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Essa demonstração apresenta as variações ocorridas nas contas do patrimônio liquido, evidenciando os saldos iniciais, os ajustes dos exercícios anteriores, a correção monetária, os aumentos do capital, as reversões de reservas, o lucro líquido do exercício e sua destinação, além dos saldos finais das respectivas contas que compõem o patrimônio líquido da empresa.

AS MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS

As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como:

a) Itens que afetam o patrimônio total

· Acréscimo pelas correções monetárias das contas do patrimônio, (quando a lei se valia desta correção).

· Acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício.

· Redução por dividendos.

· Acréscimo por reavaliação de ativos.

· Acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos.

· Acréscimo por subscrição e integralização de capital.

· Acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor patrimonial.

· Acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.

· Acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures.

· Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda.

· Acréscimo ou redução por ajustes de exercícios anteriores.

b) Itens que não afetam o total do patrimônio

· Aumento de capital com utilização de lucros e reservas.

· Apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta de Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras.

· Reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

· Compensação de Prejuízos com Reservas etc.

Exemplo de Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados:

DMPL - DEMONSTRAÇÕES DASMUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO ANO DE 2009

DISCRIMINAÇÃO

CAPITAL

RESERVAS DE:

LUCRO OU PREJUIZO

TOTAL

Subscrito

A Realizar

Realizado

Capital

Reavaliação

Lucros

ACUMULADO

1

Saldo em 31/12/2008

883.301,32

0,00

883.301,32

0,00

0,00

694.622,82

694.622,82

1.577.924,14

2

Ajuste do Exercício Anterior

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

3

Correção Monetária

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

4

Aumento do Capital

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

com reservas de lucros

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

por novas subscrições

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

5

Reversões de Reservas

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

6

Lucro liquido do exercício

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

679.316,96

679.316,96

679.316,96

7

IRR Fontes s/ lucros líquido

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

8

DESTINAÇÃO DO LUCRO

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Transferência para reservas

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Reserva Legal

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Reserva Estatutarias

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Outras Reservas

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

9

Dividendos

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

10

Saldo em 31/12/2008

883.301,32

0,00

0,00

0,00

0,00

679.316,96

1.373.939,78

2.257.241,10

4.5 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Esta demonstração, tem por objetivo, identificar as modificações ocorridas na posição financeira da empresa.

Exemplo de Demonstração do Fluxo de Caixa:

DFC - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DO ANO DE 2009

DISCRICAO

VLR_REAL

1

SALDO INICIAL - Resultado de 12/2008

93.188,95

ENTRADAS

Vendas

3.805.930,47

Outras Entradas

0,00

2

TOTAL DAS ENTRADAS

3.805.930,47

SAIDAS

Fornecedores

1.253.446,00

Impostos

96.504,83

Comissões de Vendas

84.912,62

Facção

443.545,53

Comissão de Guias

285.414,54

Pró-Labore Despesa Casa

120.976,18

3

SAÍDAS EM GERAL

2.284.799,70

CUSTOS FIXOS

Adminsitração

514.082,27

Financeiro

6.213,78

Pessoal

321.517,76

4

TOTAL DOS CUSTOS FIXOS

841.813,81

DEPRECIAÇÃO

38.578,07

PRO-LABORE/DESPESA CASA

120.976,18

5

SALDO LÍQUIDO DOS CUSTOS FIXOS

682.259,56

INVESTIMENTO

RESULTADO OP BRUTO

679.316,96

TROCO

200,00

PARCELA PROGER

6.539,79

PARCELAS BB GIRO

100,00

PARCELAS EMPRESTIMOS

16.063,83

OUROCAP

1.116,00

APLICAÇÃO/POUPANÇA

227.000,00

INSTALAÇÕES P/ LOJAS

25.250,27

MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS/MÓVEIS

197.511,96

6

TOTAL DOS INVESTIMENTOS

1.153.098,81

7

LÍQUIDO DAS SAÍDAS

4.120.158,07

4

ENTRADAS - SAÍDAS

-314.227,60

5

SALDO FINAL

-221.038,65

A posição financeira, conforme definida na Lei das Sociedades por Ações, é o Capital Circulante (CCL) da empresa.

O CCL, também conhecido por Capital Circulante Próprio é igual ao Ativo Circulante (AC) menos o Passivo Circulante (PC).

Formula:

CCL= AC – PC

4.6 NOTAS EXPLICATIVAS

As notas explicativas são informações que visam complementar as demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição dos saldos de determinadas Contas, os métodos de depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc.

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

As notas deverão indicar:

a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, depreciação, amortização exaustão, provisões;

b) Os investimentos em outras sociedades;

c) O aumento de valores de elementos do ativo resultante de novas avaliações

d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) A taxa de juros, as datas de vencimentos e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) O número, espécies e classes das ações do capital social;

g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) Os ajustes de exercícios anteriores;

i) Os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes à situação financeira e os resultados futuros da companhia.

As notas explicativas representam parte integrante das Demonstrações Financeiras.

Exemplo de Notas Explicativas: as Demonstrações Financeiras

4.7 CRITÉRIOS CONTÁBEIS

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas com observância dos dispositivos legais, destacando-se:

a. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa: é constituída pela taxa usual de 1,5% sobre as Duplicatas a Receber;

b. Estoques: são avaliados ao custo médio de aquisição;

c. Ativo Imobilizado: É registrada pelo custo de aquisição. À depreciação são computados móveis e utensílios com 10 anos de vida útil e veículos com 5 anos de vida útil.

4.7.1 CAPITAL SOCIAL

O capital social, totalmente subscrito e integralizado.

4.7.2 CONTRATOS

Os Contratos de Seguros registram a cobertura de seguros efetuados com a Cia Brasileira, pelo período de um ano.

4.8 ANÁLISE DOS CUSTOS PARA EXECUÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E FINANCEIRA

4.8.1 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CUSTO NA EMPRESA:

O conhecimento de conceitos relativos a custos é de grande importância para que esse tipo de informação possa ser usado nas decisões empresariais.

As decisões, utilizando informações de custo, são fundamentais para a obtenção de um nível adequado de rentabilidade. A ausência de informação de custo ameaça a estabilidade econômica - financeira e o crescimento da empresa, conforme mostra o quadro a seguir. Mesmo nas empresas com informações de custos a nível de produtos e atividades, a mesma ameaça existe, na medida que, não se sabe analisar e tomar decisões com base nestes dados.

Portanto, as decisões de produto, preço e redução de custos, importantes em qualquer empresa, dependem da existência de um controle de custos que permita analisar o comportamento destes, em todas as atividades da empresa.

4.8.2 POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE CUSTOS:

· Desconhecimento do lucro por produto.

· Preços fixados sem base, de acordo com a concorrência ou com tabelamento.

· Desconhecimento de custos das atividades da empresa.

· Venda de produtos que não dão lucro suficiente.

· Esforço de venda não orientada para produto mais lucratividade.

· Preços muito altos.

· Preços muito baixos.

· Dificuldades para identificar ou fixar ações para rendimento de custo.

· Capital de giro mal aplicado: estoque de matéria-prima, produtos em estoques, produtos acabados pouco rentáveis.

· Uso da capacidade de venda produção de produtos pouco rentáveis em detrimento de outros mais lucrativos.

· Capital de giro aplicado a crédito para clientes de produção pouco rentável.

· Perda de vendas.

· Diminuição de lucratividade.

· A empresa provavelmente opera com custos mais altos que deveria.

· Menor lucro, menor rentabilidade.

Ameaças:

a) Estabilidade econômico-financeiro da empresa.

b) Crescimento da empresa.

4.8.3 CONCEITO DE CUSTOS

É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou;

É a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda;

É uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou também;

São os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço.

O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”.

Exemplos:

O valor da matéria-prima comprada por uma empresa e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos.

O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento; o desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina.

Em resumo, Custos são os gastos que avaliam o que a empresa despende na sua produção.

Despesa é um gasto que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção.

Partindo desta ótica, o administrador deve fazer um sistema de análise de custo que demonstre os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou, mesmo, perante apresentação para os sócios ou acionistas.

Para se fazer uma boa análise de custo, o administrador deve conhecer e realizar estes métodos básicos:

4.8.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

  • Quanto à unidade de medida

· Custos totais;

· Custos unitários.

  • Em relação aos volumes de produção e vendas

· Custos Fixos;

· Custos Variáveis.

  • Quanto ao modo de apropriação dos produtos

· Custos diretos;

· Custos indiretos.

  • Quanto ao momento do cálculo

· Custos históricos;

· Custos pré-determinados.

De conformidade com a unidade de medida, os custos se classificam em: CUSTO UNITÁRIO e CUSTO TOTAL.

CUSTO UNITÁRIO

É a medida única na apuração do custo, pois, é a partir dela que se sabe quanto custará a transformação unitária de um produto.

Exemplo:

Ao produzir um lote de calças com um total de 1.000 unidades, para cada unidade utiliza-se um metro de tecido. Sabe-se que se consumirmos um total de 1.500 metros de tecidos, cada unidade de calça consome 1,5 (um metro e cinqüenta centímetros) de tecido. Sendo assim, o custo unitário corresponde à quantidade gasta por unidade.

CUSTO TOTAL

Ë a medida total na apuração do custo, pois, é a partir deste valor que se sabe a totalidade gasta na transformação de um lote de produtos.

Exemplo:

Ao produzir uma calça gasta-se 1,5 (um metro e cinqüenta centímetros) de tecido, para produzir um lote de 1.000 unidades, sabe-se que gastará um total de 1.500 metros de tecidos, sendo assim, custo total corresponde à quantidade total gasta na produção de um lote completo.

De conformidade com sua natureza, os custos classificam-se em CUSTOS FIXOS e CUSTOS VARIÁVEIS.

CUSTOS VARIÁVEIS

São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa, isto é, quando o volume de produção ou venda aumenta, estes aumentam nas mesmas proporções, e vice-versa.

Exemplos:

· Matéria-Prima: quanto maior a produção, maior o consumo de materiais;

· Impostos: quanto maior a quantidade produzida e vendida, maior é o volume pago de impostos;

· Fretes de matéria-prima e produtos acabados: aumentam com o crescimento da produção e vendas;

· Se na fabricação de uma calça (CUSTO UNITÁRIO) são gastos 1,50 metros de tecidos, para se fabricar 10 calças serão precisos 15 metros de tecidos (CUSTO TOTAL). Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima, energia elétrica, impostos, mão-de-obra, frete da matéria prima etc.

· Os custos variáveis têm relação direta com os custos diretos de fabricação.

· Também classifica-se como CUSTO UNITÁRIO o valor identificado por uma unidade produzida. Já para o CUSTO TOTAL considera-se o número geral da produção do determinado lote.

CUSTOS FIXOS

São aqueles que não variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa.

Exemplos:

· O salário e encargos dos funcionários e supervisores da fábrica, desde que não tenha comissão de produção;

· O pró-labore dos sócios da produção;

· Aluguel da fábrica;

· Depreciação das máquinas etc.

· Os custos fixos têm relação direta com os custos indiretos de fabricação, por não guardarem proporção com as quantidades dos produtos fabricados.

· Toda empresa tem custos fixos e custos variáveis. A sua soma resulta nos custos totais da empresa.

CUSTOS DIRETOS

São os que podem ser imediatamente apropriados a um só produto ou a um só serviço, ou seja, porque seus valores e quantidades, em relação ao produto, são de fácil identificação, são os gastos que recaem diretamente na fabricação do produto.

Exemplos:

· Se pegarmos como exemplo a fabricação de uma calça, teríamos:

· Matéria-prima: tecidos;

· Materiais secundários: linha, botão, zíper, forro, etiqueta etc.

· Mão-de-obra: salário e encargos do pessoal que trabalha diretamente na produção.

· Embalagens etc.

CUSTOS INDIRETOS

São os que dependem de cálculos, rateios e estimativas para serem divididos e apropriados, em diferentes produtos ou diferentes serviços.

Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto, pois, se utilizam estes devidos gastos em vários produtos ao mesmo tempo.

Exemplos:

Energia elétrica: quando não há medidor em cada máquina, isso impossibilita medir o consumo da energia elétrica exata na fabricação do produto fabricado, assim, o valor consumido por toda a fábrica, num determinado período, deverá ser rateado entre todos os produtos fabricados no referido período.

Aluguel da fábrica: esse gasto é impossível de ser identificado em relação a cada produto.

Salário e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica: esse pessoal trabalha dando assistência e supervisão a vários setores da fábrica, sendo, portanto, impossível identificar a percentagem dos salários e encargos em relação a cada produto.

CUSTO HISTÓRICO

O mesmo que custo real, ou efetivo. É representado pelos registros contábeis das despesas e gastos reais.

O custo histórico é também chamado custo a posteriori, pois é apurado no fim do ciclo da produção, quando já são conhecidos os gastos gerais e as aplicações diretas. Ele se presta também para retificar o custo padrão ou estimado, que serviu de base para o planejamento à priori da produção.

CUSTOS PRÉ-DETERMINADOS

Consiste na apuração dos gastos estimados antes da existência do gasto propriamente dito, ou seja, o gasto que ocorrerá futuramente, mas por determinação estatística, de outras produções, há a possibilidade de apresentar o possível gasto do produto, antes de realizar a produção do mesmo.

Exemplo, quando a administração precisa apurar o custo de determinado produto, mas não tem produzido, e nem calculado e precisa apresentar o valor de custos para negociar uma venda ou prestação de serviço. Neste momento, entra o custo pré-determinado, onde apresenta o valor aproximado do custo e, com isto, a administração trabalha em cima dos valores apresentados para fechar a devida negociação.

4.8.5 DEMAIS FORMAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO CUSTO

CUSTO PADRÃO

Representa um custo determinado por antecipação no inicio de um ciclo de operação na produção.

Para elaboração do custo padrão, torna-se necessário uma série de elementos informativos, como por exemplo:

· Dados estatísticos de produção anteriores;

· Pesquisa do mercado de trabalho da oferta de matéria prima, de consumo de capitais etc.;

· Estudos de produção planificados;

· Rentabilidades das imobilizações técnicas;

· Padrões de gastos diretos e indiretos;

· Porcentagem de quebras;

· Racionalização dos trabalhos, cronometrando o tempo necessário para produzir uma unidade, margem de perca hora, etc.;

· Instabilidade da moeda;

· Planificação contábil, por meio de contas sintéticas e analíticas;

· Determinação do centro de carga ideal para os gastos indiretos.

Por outro lado, deve-se decompor teoricamente a unidade que será produzida, em todos os seus elementos constitutivos, tais como:

· Matéria prima;

· Matéria secundária;

· Matéria de acabamentos;

· Material de embalagem;

· Mão de obra especializada;

· Mão de obra indireta;

· Gastos gerais variáveis;

· Depreciação de imobilização técnica;

· Amortização de valores imateriais;

· Ônus tributários;

· Ônus financeiros;

· Remuneração de capitais próprios.

O custo padrão deverá conter uma reserva para variações naturais, decorrentes do próprio sistema de estimativas.

Diante dessas ponderações, aconselham-se também, manter elementos estatísticos para análises comparativas constantes, com a finalidade de apontar os desvios, tendo tempo suficiente para serem tomadas as medidas saneadoras, prevenindo-se contra danos maiores e irremediáveis.

Na parte contábil, registram-se os gastos e despesas pelos quais foram realmente pagos, e a produção pelo custo padrão, reajustado sempre por intermédio da conta variações de custo.

CUSTO ESTIMADO

O mesmo que custo a priori ou padrão, consiste nos cálculos estimativos dos componentes que integrarão uma unidade de produção, mais as despesas indiretas estimadas, quer sejam fixas ou variadas.

O custo estimativo é calculado com base nos elementos estatísticos de produção anteriores, ou confeccionados na base de medidas, contagem ou pesagem de materiais a serem aplicados, mais a mão de obra unitária e uma porcentagem de gastos indiretos.

O custo estimativo serve como norma orientadora de controles empresariais e, também, para contabilizar a produção até o seu reajuste pelo custo real.

As diferenças verificadas no confronto com o custo real são retificadas por meio da conta variações de custos.

CUSTO REAL

O mesmo que custo histórico, representa a apuração real e efetiva dos gastos e despesas no final de um ciclo de produção.

É um custo quase que impossível, pois, somente se determina no final de um período, quando os produtos já foram negociados.

4.8.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO DO CUSTO

Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por homens e máquinas (na maioria dos casos), desenvolve atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deve haver. Desta forma, propicia uma maneira de uso da contabilidade de custos como forma de controle.

Na maioria das vezes, um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos (departamento de produção - tem seus custos jogados sobre os produtos, já que estes passam, inclusive, fisicamente, por eles); ou outros departamentos (departamentos de serviços - também chamados, às vezes, de não-produtivos ou auxiliares, não podem apropriar seus custos diretamente aos produtos, pois não passam por eles). Por viverem em departamentos para a prestação de serviços a outros departamentos, têm seus custos transferidos para os que deles se beneficiam.

“Departamentalizamos” nossos custos para facilitar a apropriação dos gastos referentes a partes de fabricação que ocorrem na produção.

Para facilitar este trabalho, leva-nos a dividir as partes de produção e, automaticamente, os gastos.

DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS

Neste momento, iremos analisar a apuração do custo feito, de forma que, teremos que distribuir os custos por departamentos de produção, aquele onde o produto passa fisicamente pelo setor e os custos dos departamentos de serviços, aqueles onde o produto não passa fisicamente pelo setor, mas devem-se apropriar os custos, pois eles prestam serviços para os departamentos de produção. E iremos chegar ao resultado do CIF (Custo Indireto de Fabricação).

Para a atribuição aos produtos, é necessário que sejam distribuídos pelos diversos departamentos, para que uma melhor alocação seja realizada.

Faz-se então uma investigação sobre a ligação entre cada custo e departamento onde foi incorrido e verifica-se:

· Aluguel - é um custo comum à fabrica toda, e há a necessidade da adoção de algum critério para sua distribuição aos diversos departamentos. Trata-se de um custo comum que englobaremos no departamento administração geral.

· Energia Elétrica - a empresa pode manter medidores para o consumo de força em alguns departamentos e um outro para o resto da empresa, ou também, pode manter apenas um medidor para toda a empresa, desta forma, necessita de um critério de base para rateios.

· Materiais indiretos - por meio das requisições são localizados os departamentos a serem alocados os gastos deste sistema.

· Mão-de-Obra indireta - o apontamento de horas demonstra o gasto feito para cada departamento.

· Depreciação das máquinas – as máquinas localizadas nos departamentos demonstram o gasto realizado no departamento.

Temos que apropriar esses custos indiretos aos produtos, mas, há um problema: pelo fato de alguns departamentos não receberem fisicamente os produtos; sua função é a de prestar serviços aos outros departamentos, quer de produção, quer de serviços.

Neste caso analisado, temos a administração geral, almoxarifado, controle de qualidade e manutenção. Fazendo uma análise das características desses departamentos de serviços, poderemos verificar que um critério apropriado fará a distribuição dos seus custos aos departamentos beneficiados. Distribuindo, desta forma seus custos, alguns departamentos de serviços poderão, logo na primeira distribuição, ficar sem custo por serem alocados. Outros, entretanto, talvez venham a ter uma carga maior do que antes, já que, além dos que já são seus, talvez recebam um volume daquele departamento de serviços que primeiro fizer a distribuição. Por exemplo, distribuindo os custos de manutenção, provavelmente uma parte será jogada sobre o almoxarifado, se este se beneficiar daquele.

Poderá ocorrer nesse sistema de rateio, um processo de alocação reflexiva (um departamento que distribui custos para vários outros e, também, para si mesmo ou, o que é mais comum, haver um retorno de custos a um departamento de serviços que já tenha distribuído seus custos indiretos de fabricação (CIF)). Nessa ultima alternativa, há um verdadeiro pingue-pongue, só possível de se levar o bom termo normalmente com recursos eletrônicos de processamento de dados, devido ao grande volume de cálculos a efetuar. Por exemplo, poderíamos Ter, nesse caso, que estamos verificando uma situação em que a administração geral deve ter parte de seu custo indireto de fabricação (CIF) rateada à manutenção, mas, depois, esta fará a alocação dos seus próprios custos e, uma parte será de novo, jogada sobre a administração geral, já que esta também se utiliza dos trabalhos daquela. Teríamos, novamente, que ratear a administração geral e, mais uma vez, haveria uma parte recaindo sobre a manutenção etc. O processo só terminaria quando o custo a ser rateado assumisse um valor pequeno e a empresa resolvesse então parar o sistema e alocar essa última importância a qualquer outro departamento que não aqueles dos quais a receberia de volta.

O critério mais utilizado, na prática, é o de se hierarquizar os departamentos de serviços, de forma que, aquele que tiver seus custos distribuídos, não receba rateio de nenhum outro. É uma forma também relativamente arbitrária, mas, normalmente, impossível de se evitar.

4.8.7 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS

Os sistemas de rateios são feitos de acordo com o que se enquadra no departamento de serviço, não há um tipo de rateio, pois, para cada departamento, se analisa um fato, ou seja, são diversos critérios de rateios para que se possam dividir os custos da maneira mais racional possível.

Neste momento, serão feitos rateios de acordo com as proximidades de sistemas que se adequarem à realidade do gasto.

Com isso, será rateado por centros de custo, parte à parte, até ficarem todos gastos alocados nos departamentos de produção.

O rateio de custo é feito desta maneira:

Departamento de administração geral da fábrica;

Departamento de manutenção;

Departamento de almoxarifado;

Departamento de controle de qualidade.

No momento do término dos rateios, os custos estarão alocados dentro dos departamentos de produção e, a partir daí, alocam-se os custos para cada produto fabricado e, automaticamente, teremos os valores gastos realmente com cada produto.

QUADRO DA ESPÉCIE DE CUSTO COM A BASE DE RATEIO

· Espécie de custos: Depreciação de instalações

· Base de rateio: área

· Espécie de custos: Combustíveis e lubrificantes

· Base de rateio: hora x máquina

· Espécie de custos: Seguros

· Base de rateio: valor da máquina e equipamento

· Espécie de custos: Material de expediente

· Base de rateio: número de empregados

Quadro de identificação do custo total correspondente a estas espécies de custo.

O custo dos centros auxiliares é rateado aos centros produtivos, conforme as seguintes bases de rateio:

QUADRO DO CENTRO AUXILIAR COM A BASE DE RATEIO

· Centro Auxiliar: Administração

· Base de Rateio: número de empregados

· Centro Auxiliar: Almoxarifado

· Base de Rateio: número de requisição

· Centro Auxiliar: PCP

· Base de Rateio: nº de ordens de produção

· Centro Auxiliar: Manutenção

· Base de Rateio: hora de manutenção

Sabendo-se que a medida de capacidade de cada centro produtivo é:

QUADRO DO CENTRO PRODUTIVO COM A BASE DE RATEIO

· Centro produtivo: Fundição (metalúrgica)

· Base de Rateio: homem x hora

· Centro produtivo: Usinagem (metalúrgica)

· Base de Rateio: máquina x hora

· Centro produtivo: Estamparia (metalúrgica/confecção)

· Base de Rateio: máquina x hora

· Centro produtivo: Montagem (metalúrgica/confecção)

· Base de Rateio: homem x hora

· Centro produtivo: Corte (confecção)

· Base de Rateio: homem x hora

· Centro produtivo: Acabamento (metalúrgica/confecção)

· Base de Rateio: homem x hora

QUADRO DE BASE DE RATEIO

· Espécie: Água

· Critério de distribuição: Consumo por centro de custos.

· Espécie: Ar condicionado

· Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.

· Espécie: Conserto de máquinas

· Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro

· Espécie: Depreciação das máquinas e equipamentos.

· Critério de distribuição: Valor atual do mercado; Valor do seguro; Valor contábil ou correção.

· Espécie: Depreciação do prédio

· Critério de distribuição: Área do centro; Investimento por m².

· Espécie: Despesas comerciais e salário do centro de custos

· Critério de distribuição: Despesas de produção; Direto ao produto.

· Espécie: Energia Elétrica

· Critério de distribuição: Máquina Horas x Horas Produção

· Espécie: Imposto Predial e Territorial

· Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.

· Espécie: Laboratório e Pesquisa

· Critério de distribuição: % de horas trabalhadas por centro de custos; Unidade produzida por centro de custos.

· Espécie: Leasing (aluguel)

· Critério de distribuição: Centros afetados.

· Espécie: Luz

· Critério de distribuição: Watts instalados/centro; Área ocupada; Número de lâmpadas; Consumo por centro de custos;

· Espécie: Mão-de-obra indireta

· Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custos; Unidade produzida por centro de custo; Número de operários por centro de custos

· Espécie: Mão-de-obra indireta

· Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custo; Número de operários por centro de custo.

· Espécie: Manutenção geral e preventiva

· Critério de distribuição: Área por centro de custo; Valor atual imobilizado no centro de custo; Valor da folha ou horas trabalhadas; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Relação entre o valor real e horas de funcionamento; Horas de manutenção por centro de custo; Unidade produzida por centro de custo.

· Espécie:

· Critério de distribuição:

· Espécie: Manutenção de prédio

· Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Valor atual do m²; Volume ocupado.

· Espécie: Seguro coletivo

· Critério de distribuição: Horas/homens diretas por centro de custo; Folha de pagamento.

· Espécie: Seguro das máquinas

· Critério de distribuição: Valor atual no mercado; Investimento total do centro de custo.

· Espécie: Seguro do prédio

· Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Investimento total do centro de custo.

· Espécie: Seguro sobre estoque de mercadoria

· Critério de distribuição: Valor do Balanço; Valor do produto por centro de custo.

· Espécie: Seguro dos valores mobiliários

· Critério de distribuição: Valor do balanço e área ocupada.

· Espécie: Serviço de comodidades

· Critério de distribuição: Número de operários por centro de custo (Restaurante, Serviços Médicos).

· Espécie: Transportes (espécies de custo e não centro) ou outra unidade por centro

· Critério de distribuição: Horas consumidas X toneladas.

4.8.8 FORMAÇÃO DOS GASTOS

A formação dos gastos de uma empresa é a somatória dos custos ocorridos na produção adicionada às despesas ocorridas no exercício, juntamente com a produção.

4.8.9 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS

Tudo o que desenvolvemos são tomadas de decisões, mas, são formas que antecedem esta parte; a partir de agora, tendo as apurações dos fatos, o custo feito, o controle de estoque realizado, partimos para desenvolver formas de preços de venda, que possam ajustar no mercado econômico e financeiro.

A partir deste momento, faremos as comparações e analise de como está a empresa, se os preços de vendas colocados estão de acordo com as análises apresentadas, se as demonstrações financeiras estão apresentando uma expectativa boa para suas realizações comerciais.

Em síntese, este momento é a parte crucial nas tomadas de decisões, é o momento de sabermos se nossas decisões estão corretas, ou precisam ser revistas.

4.8.10 FÓRMULAS E ANÁLISES PARA FORMAÇÃO DE PREÇOS E CONCORRÊNCIA NO MERCADO

Venda

Os objetivos orientados para vendas visam aumentar ou manter uma dada participação no mercado. Uma forma comum de crescimento das vendas para aumentar a participação no mercado, é a adoção de preços menores que os da concorrência. Neste caso, o pensamento é que os crescimentos das vendas aumentam os lucros, embora a lucratividade seja pequena. Estes lucros maiores decorrem de dois fatores:

· Diminuição dos custos unitários dos produtos devido à diluição dos custos fixos em um número maior de produtos.

· Aumento no giro das vendas, ou seja, um número maior de unidades vendidas com lucro unitário menor faz crescer o volume global.

A manutenção de uma dada participação no mercado, em detrimento de uma maior participação ou crescimento na participação, visa evitar atritos com a legislação existente, ou manter uma posição mais cômoda, evitando os riscos do surgimento de competidores fortes e de maiores vendas sempre que a situação exigir.

Minimização dos Riscos de uma Competição em Preços

Os objetivos orientados para minimizar os riscos de uma competição em preços, visam o seguimento de uma linha de ação compatível, com segura certeza de lucro. Mantendo-se estáveis os preços, diminuem-se sensivelmente os riscos de competição e a necessidade de decisões difíceis. Entretanto, estes objetivos podem fazer parte de uma atuação extremamente agressiva, envolvendo outros fatores como produto, promoção ou canal de distribuição.

Os custos da Empresa

Os custos devem ser considerados no cálculo dos preços, para que os preços calculados sejam maiores que os custos esperados, se algum lucro for desejado.

Produtividade e demanda

A produtividade e a demanda, considerados em termos do volume de produção e vendas, afeta os preços. Quanto maior o volume de produção e vendas, menores poderão ser os preços para se manter o mesmo nível de lucro. Para que isto ocorra, é necessário a existência de redução nos custos indiretos unitários dos produtos decorrentes do aumento das vendas.

Sempre que uma empresa decide basear seus preços nos custos, há a necessidade de se fazer estimativas de quantidade a serem vendidas no período de vigência dos novos preços. Quanto mais alta for esta estimativa, menores poderão ser os preços. Este fato vem de encontro às necessidades do mercado. Normalmente, a demanda de mercado cresce com a diminuição dos preços.

Portanto, o volume de vendas constitui um fator determinante do nível de preços a serem praticados para a obtenção de determinado volume de lucro.

Cálculo dos Preços

Os cálculos dos preços são baseados nos custos, produtividade e lucro desejado. O problema de cálculo dos preços é determinar os preços dos produtos que, para uma dada quantidade vendida, permita o volume desejado de lucro.

A equação básica que representa este problema é:

Preço = P

Custos Variáveis unitários = CVu

Custos Fixos Unitários = CFu

Resultado do Lucro unitário = RLu

P - CVu + CFu = RLu


Os custos fixos unitários diminuem à medida que a quantidade vendida aumenta.

Com isso, preços melhores podem ser praticados.

Onde se conclui que a variável quantidade ou volume de vendas é importante para o cálculo de preço.

Como normalmente a empresa já possui uma linha de produtos definida, vende determinadas quantidades e sabe o quanto deseja ganhar em termos de lucro, resta uma primeira etapa e não poderia ser diferente, levantarmos os custos da empresa e de cada produto.

Fator Limitado

É uma restrição de natureza financeira, de mercado ou interna da empresa que limita a capacidade de geração de lucro da mercadoria.

Os principais fatores normalmente encontrados são:

· Disponibilidade de materiais para produção;

· Disponibilidade de Capital de Giro;

· Tamanho do Mercado (potencial de produção e vendas da empresa para cada produto).

· Capacidade máxima de produção.

O capital de giro constitui um fator limitado que, dentro de certa faixa de variação, pode ser manuseado. Um eficiente sistema de planejamento e controle das vendas/compras permite reduzir e, manter abaixo de determinado limite, as necessidades de giro derivadas dos estoques de produtos para venda. Alterações na política de crédito podem reduzir as necessidades de giro aplicado a crédito ao cliente. Entretanto, para qualquer atividade empresarial, é sempre necessário um determinado volume de capital de giro para a compra e venda e produção dos produtos.

O tamanho do mercado, definido como o potencial de venda de cada artigo para a empresa, como fator limitativo, deve ser entendido corretamente. Evidentemente, o quociente margem de contribuição (ou lucro) / potencial de venda não é a aplicação correta da regra. Para as situações já descritas, a mercadoria de maior capacidade de geração de lucro é aquela que:

· Gera o maior lucro com a capacidade de produção disponível;

· Gera o maior lucro com a disponibilidade de matéria-prima;

· Gera o maior lucro com o capital de giro disponível.

Da mesma forma, o produto que gera o maior volume de lucro com o mercado existente tem maior potencial de geração de lucros.

Veremos com um posto especifico sobre margem de contribuição e capital de giro.

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA


FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A VISTA

PVv= (Custos + Despesas)

1 – [Taxa s/Vendas + (Margem de Lucro)]

1 – (IRPJ + CSSL)




Todas estas taxas devem ser convertidas em índices percentuais

Taxas = ICMS e demais taxas que compõem a base de cálculo

Impostos diretamente com a mercadoria

IRPJ = Imposto de Renda Pessoa Jurídica

CSSL = Contribuição sobre o Lucro


FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM PAGAMENTO DIRETO (PAGAMENTO ÚNICO)

n
PVp = PVv (x) ( 1 + i )



PVp = Preço de Venda a Prazo

PVv = Preço de Venda a Vista

i = Taxas Financeiras

n = Período de prazo para pagamento

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM ENTRADA

n
Prestação = PVv x (1 + i) x i

n

(1 + i) - 1


PVv = Preço de Venda a Vista

i = Taxas Financeiras

n = Período de prazo para pagamento

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM ENTRADA

n - 1
Prestação = PVv x (1 + i) x i

n

(1 + i) - 1


PVv = Preço de Venda a Vista

i = Taxas Financeiras

n = Período de prazo para pagamento

COMPONENTE DO PREÇO

Numa situação de normalidade, o preço de venda deve ser, em montante, suficiente para cobrir os seguintes itens:

g) Custo de produção ou de aquisição, fixos e variáveis;

h) Despesas comerciais e administrativas, também fixam e variáveis;

i) Tributos incidentes sobre as vendas, que são variáveis;

j) Tributos incidentes sobre o lucro, que acabam por ter componentes fixos e variáveis, pois s~”ao os custos e as despesas totais que afetam o resultado tributável; e

k) Margem de lucro.

MARGEM DE LUCRO FIXA

A fixação de uma margem de lucro em relação à receita bruta é bastante comum para se calcular o preço de venda. Vejamos como poderíamos fixar essa margem a partir dos dados a seguir:

FORMAÇÃO DOS CUSTOS FACILITADORA

A empresa para chegar nos gastos fixos, o “calcanhar de Aquiles” , pode ser realizado através de um divisor que servirá como taxas de vendas na formação do preço de venda a vista. A maneira facilitadora é desenvolver uma média dos gastos fixos da empresa em um prazo de doze meses em relação às receitas médias de doze meses. Desta forma, chega-se ao divisor médio, que servirá para agregar estes gastos diretamente ao produto a ser avaliado.

ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADO

Qual a melhor decisão?

Os preços deveriam ser calculados apenas com base nos custos. Para formarem uma carteira de clientes fiéis, eles deveriam adotar uma política de promoções e uma assistência pós-venda. Funcionários habilitados aumentam o capital humano da empresa. Fornecedores com bons preços também é um ponto a favor para minimizar a saída de recursos da empresa. Certo tipo de economia proporciona problemas como: fornecedores com preço baixo no produto, mas de má qualidade; dessa forma pode, contribuir para a perda de clientes, ao usar matéria-prima de pior qualidade, comprometendo, assim, o produto final.

Modelo da Estrutura Gerencial de Resultado:

Discriminação

$

(+) Receita

(- ) Custos e Despesas Variáveis totais

(=) Margem de Contribuição ou Lucro Bruto

(- ) Custos e Despesas Fixas

(=) Resultado Operacional (Lucro ou Prejuízo)

O que é estrutura gerencial de resultados?

Uma ferramenta que permite a apuração dos resultados operacionais de uma atividade, com base em avaliações de desempenho obtidas durante o mês ou período de análise, por meio da estrutura gerencial de resultados, identificando cada um dos pontos importantes a serem analisados.

· Receitas – São as vendas da empresa.

· Custos - É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou: custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda: custo é uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou: custo são os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço. O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”. Exemplos: O valor da matéria-prima comprada por uma empresa e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos. O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento. O desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina. Em resumo, Custo é um gasto que avalia o que a empresa despende na sua produção.

· Despesas - Despesa é um gasto que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção. Partindo desta óptica o contador deve fazer um sistema de análise de custo que demonstra os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou, mesmo, perante apresentação para os sócios ou acionistas.

Conhecidos os dados anteriores, vamos refletir alguns questionamentos:

· Quais são os custos de sua empresa?

· Quais são as suas despesas?

Para interpretar adequadamente estes questionamentos devemos identificar:

Custos ou despesas variáveis são os que variam de acordo com as vendas ou a produção. São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas da empresa.

Custos ou despesas fixas são os que não variam com a produção ou vendas, ocorrem periodicamente e são necessários para o funcionamento da empresa. São gastos regulares que ocorrem periodicamente em uma empresa e que são necessários para o seu funcionamento administrativo e operacional.

Margem de Contribuição é a diferença entre as receitas (vendas da empresa) e os custos variáveis. Margem de contribuição é o que sobra do preço de venda para cobrir os custos fixos.

Análise de sensibilidade é uma análise feita com base em simulação de resultados, com objetivo de avaliar aumento de receitas e ou redução de custos. Essa ferramenta auxilia o empresário a fazer uma comparação dos números da empresa, comparando a situação atual, com um aumento de receitas ou mesmo diminuição dos custos.

Ponto de Equilíbrio: avalia qual a necessidade de faturamento necessária para se cobrir os gastos do negócio sem obter lucro e nem prejuízo. A finalidade de se calcular o ponto de equilíbrio é verificar o volume de vendas necessário para que a empresa possa cobrir seus custos fixos.

Resultado Operacional é a margem de contribuição menos os custos ou despesas fixas. É o lucro ou prejuízo que a empresa alcança no final do resultado.

4.9 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Análise é um estudo minucioso, detalhado. É a distinção e separação das partes de um todo, até chegar aos seus princípios, elementos etc.

Sensibilidade está relacionada a projeção dos resultados.

Análise de sensibilidade é uma simulação que se faz com base nos resultados obtidos na estrutura gerencial de resultados, projetando-se aumentos na receita ou redução nos custos, a fim de obter melhores resultados líquidos, ou seja, lucro.

Podem-se simular a reversão de resultados negativos, ou seja, prejuízos. Pode-se também simular o incremento de resultados, ou seja, aumento dos lucros.

A análise de sensibilidade está diretamente relacionada com as projeções. E a sensibilidade é a forma como a empresa se apresentará se forem certas mudanças em sua estrutura gerencial de resultados, ou, genericamente, nas entradas e saídas de recursos.

A análise de sensibilidade, na prática, é comparar duas projeções com a situação atual, verificando os resultados disso para a empresa. Ao final, fica bem evidenciada a opção mais vantajosa. Aumentar a receita e também diminuir os custos fixos, conforme as análises.

A análise de sensibilidade também pode ser definida como uma simulação de novos resultados, com base em hipóteses de aumento de receitas ou redução de custos, a partir de uma apuração de resultados de um mês ou de uma média histórica. Ou seja, é possível fazer varias simulações, antes de decidir qual a melhor opção para negócio.

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