segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

#CONTABILIDADE #FINANCEIRA E #GERENCIAL O #SISTEMA #GESTOR DE #CONTROLE PARA AS #EMPRESAS - IV- 1

4.10 INDICADORES DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

Os indicadores de desempenho permitem que seja feita uma análise mais completa da situação da empresa. Como o próprio nome diz, indicam como a empresa está desenvolvendo suas atividades em relação a outras empresas. Através dessa ferramenta, é possível ter informações importantes, que lhe darão idéia de como sua empresa está em relação aos seus concorrentes ou a todas as demais do mesmo nicho de atuação.

Modelo Completo da Estrutura Gerencial de Resultado

Contas

Discriminação

$

1 – Faturamento (= receita total)

2 – Custos Variáveis

Compras

Impostos

Comissões

3 – Margem de Contribuição

4 – Custos Fixos

5 – Resultado (Lucro ou Prejuízo)

O cálculo e o estudo dos indicadores de desempenho empresarial têm a finalidade de indicar a saúde financeira da organização empresarial e, a partir de sua análise, oferecer uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do sistema financeiro empresarial.

LUCRATIVIDADE

É um indicador de eficiência operacional.

Fórmula:

Lucratividade = (Lucro Líquido) x 100

(Receita Total)


RENTABILIDADE

Trata-se de um indicador de atratividade do negócio, pois mostra ao empreendedor a velocidade de retorno do capital investido.

Fórmula:

Rentabilidade = (Lucro Líquido) x 100

(Investimento Total no Período)


Ou também conhecido como:

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Taxa Interna de Retorno é a taxa de retorno que iguala o fluxo de caixa das saídas ao das entradas.

Sua lógica é de que, se o projeto está oferecendo um retorno igual ou superior ao custo de capital da empresa, estará gerando caixa suficiente para pagar os juros e para remunerar os acionistas de acordo com suas exigências.

Se a TIR for maior que o custo de capital da empresa, a mesma estará aumentando sua riqueza ao aceitá-lo.

Regra da TIR - Um projeto de investimento é aceitável se sua TIR for igual ou superior ao custo de capital da empresas, caso contrário, deve ser rejeitado.

Custo de Capital da empresa é a taxa de retorno por ela exigida em seus projetos de investimentos. Padrão financeiro para a tomada de decisão.

Fórmula:

TIR = (Lucro do Exercício) x 100

(Investimento da Empresa)


PRAZO DO RETORNO DO INVESTIMENTO (PRI)

Mostra o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu no seu patrimônio.

Fórmula:

PRI = (Investimento Total no Período) x 100

(Lucro Líquido)


TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (TRI)

A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é calcularmos o seu retorno sobre o investimento realizado.

Definimos como a forma ideal de se avaliar a taxa de retorno, a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas financeiras, pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto.

Fórmula:

TRI = (Lucro Antes do IRPJ e Antes Despesa Financeira) x 100

(Ativo Total)


No retorno não devem ser incluídas as Despesas Financeiras, já que estas são derivadas do passivo (Financiamento) e, não, do Ativo (Investimento). Do retorno dado pelo investimento, parte será utilizada para remunerar o capital de terceiros (Despesas Financeiras) e, parte, para remunerar o capital próprio (Lucro líquido do proprietário). O retorno total, soma dos dois, é o que melhor define o desempenho global.

O problema da utilização dessa idéia consiste não só na apuração do lucro mas, também, na separação de que investimento pertence a cada produto. É muito comum (mas não correto) proceder-se da seguinte forma: rateia-se a Despesa de vendas e a de administração também aos produtos, com base em critério, os mais variados (proporcionalmente a preço de venda, lucro bruto, tempo de fabricação etc.), como se fizessem parte do custo propriamente dito, chegando, assim, ao “lucro líquido” antes das Despesas Financeiras e impostos de Renda de cada produto. Rateia-se também o investimento (ativo) total pelos produtos, com base em critérios igualmente pré-estabelecidos, atribuindo-se parte dele a cada produto. Faz-se, assim, o cálculo da taxa de retorno. Isso também pode ser feito não só por produto, mas por departamento, divisão etc.

PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio é o indicador de segurança para as empresas. Ele indica em que momento, a partir das projeções de vendas do empreendedor, a empresa estará igualando suas receitas e seus custos. Com isso, é eliminada a possibilidade de prejuízo em sua operação.

Análise do ponto de equilíbrio, algumas vezes chamada de análise de custo-volume-lucro, é usada pela empresa para determinar o nível de operação necessário para cobrir todos os custos operacionais aos vários níveis de vendas. O ponto de equilíbrio operacional da empresa é o nível de vendas necessárias para cobrir todos os custos operacionais.

Muitas vezes, o ponto de equilíbrio é calculado de forma que ele represente o ponto nos quais todos os custos financeiros e operacionais são cobertos.

O ponto de equilíbrio operacional da empresa é o ponto no qual seu custo operacional total, a soma dos seus custos operacionais, se iguala à receita de vendas.

Fórmulas:

Ponto de Equilíbrio em percentual:

PE = (Gastos Fixos) x 100

(Receita – Gastos Variáveis)


Margem de Contribuição

MC = Receita – Gastos Variáveis


Ponto de Equilíbrio de produção em valores

PE = Gastos Fixos

1 – (Gastos Variáveis)

(Receita Total)


Ponto de Equilíbrio financeiro em valores

PE = (Gastos Fixos + Juro Financeiro)

1 – (Gastos)

(Receita Total)


Ponto de Equilíbrio de produção em quantidade:

PE = (Gastos Fixos Total)

Margem de contribuição unitário


Ponto de Equilíbrio financeiro em quantidade:

PE = (Gastos Fixos Total+ Juro Financeiro)

Margem de contribuição unitário


VALOR PRESENTE LÍQUIDO

Para se definir o valor presente de um investimento, é necessário transportar os valores do fluxo de caixa para o ponto zero. Esses valores serão alcançados, utilizando-se uma fórmula onde: (Gitman, 1997).

VFn = valor futuro no final do período n

VP = valor presente

k = taxa anual de juros

n = número de períodos (geralmente anos)

VP = VFn

n

(1+k)


Calculo do valor presente líquido – VPL

VPL é a diferença entre os fluxos de entrada e saída de dinheiro de um investimento trazido a preços de uma mesma data pelo custo de oportunidade.

O VPL é calculado basicamente com a diferença entre o valor presente e o custo de desenvolvimento:

VPL = VP (valor presente) - CD (custo de desenvolvimento)


O VPL é um a informação prestada em reais. É mais clara do que a TIR, prestada em termos percentuais. Devem ser aceitos projetos com VPL maior que zero, como é o caso do presente investimento. O VPL, quando positivo, aponta o quanto se cria de valor para um investimento. Mostra que o investimento oferece uma taxa de retorno superior ao custo do capital.

O VPL é, na essência, a diferença entre os fluxos de entrada e de saída do dinheiro a preços no momento presente.

O VPL é considerado o melhor método para avaliação de projetos de investimento.

VALOR FUTURO

O cálculo do valor futuro utiliza um processo basicamente inverso ao do valor presente representado pela fórmula:

n

VFn = VP x (1 + k)


PERÍODO PAYBACK

O período Payback é quando exatamente obtivermos nosso dinheiro de volta, quando nosso projeto equilibrou.

Payback é o período de tempo necessário para que as entradas líquidas de caixa superem o investimento inicial do projeto.

Payback descontado é o período necessário para recuperar o investimento inicial, considerando os fluxos de caixa descontados.

Fórmula:

Payback = (Valor do investimento da Empresa + Juro Financeira)

(Lucro do Exercício)


CUSTO DE CAPITAL

Custo de Capital é o valor do dinheiro desvalorizado no mercado conforme política econômica. É a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus investimentos para manter inalterado o valor de mercado de suas ações.

Custo de Capital é igual a participação % vezes o custo de participação %, ou seja,

Capital Total vezes Custo de Capital % é igual ao Custo de Capital em valores.

Fórmula Básica

Custo de capital = Capital do período

n

(1 + i)


i – Taxa financeira

n – Tempo

k - Capital

MARK-UP

Mark-up é um termo usado em marketing para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Pode ser expressado como uma quantidade fixada ou como percentual. O valor representa a quantia efetivamente cobrada sobre o produto a fim de obter o preço de venda.

O preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões etc., as despesas fixas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salário, pró-labore etc. e, ainda, sobrar um lucro líquido desejado.

O cálculo do preço de venda ideal é feito da seguinte forma:

Custos Diretos variáveis / Mark-up divisor (fator de formação do preço de venda)

O mark-up divisor é calculado da seguinte forma:

Custos direto variável ($)

100% - % despesas variáveis – % despesas fixas - % lucro líquido


Entretanto, deve-se comprar com o preço praticado pelo mercado. Caso o preço de mercado seja menor do que o preço calculado, a empresa deverá desenvolver alguma ação para diminuir os seus custos, ou despesas, ou então, aceitar um lucro líquido menor.

Fórmula do Mark-up Global:

Mark-p = Lucro Bruto

CMV


4.11 MÉTODOS DE ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Estes métodos são os mais utilizados na análise financeira de empresas pequena, média e de grande porte.

Os analistas financeiros geralmente comparam índices financeiros de solvência, lucratividade, crescimento entre outros. Estes índices são obtidos através da divisão de grupos de contas contábeis do balanço patrimonial e / ou da demonstração de resultados, conforme segue:

Solvência em economia é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo. Capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo.

Quocientes de Estruturas de Capitais, também conhecidos como quocientes de endividamento, obtém resultados mediante a confrontação dos elementos que representam os capitais de terceiros com o Patrimônio Líquido e com o Ativo Permanente e servem para interpretar o grau de endividamento da empresa.

Participação dos capitais de terceiros em relação aos recursos totais:

PCTRRT= Exigível Total

Exigível Total + Patrimônio Líquido


Este quociente torna possível sabermos qual é a proporção da participação dos capitais de terceiros em relação aos recursos totais. Demonstra quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada valor monetário de recursos totais (Exigível + Patrimônio Líquido)

Exigível total, corresponde Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo.

Este quociente evidencia a participação dos recursos tomados de terceiros em relação aos Recursos Totais que a entidade tem à sua disposição.

A importância deste quociente deve-se ao fato de que, em princípio, não é aconselhável que pessoas estranhas à entidade invistam importâncias maiores do que aquelas que os proprietários investem.

O ideal é que este quociente não seja superior a 0,50. Caso contrário, estará indicando que os Capitais de Terceiros superaram os Capitais Próprios na composição dos Recursos Totais da entidade.

Observação:

Multiplicando-se o quociente por 100, obteremos a resposta em porcentagem. Assim, se o Quociente de Capitais de Terceiros em relação aos Recursos Totais for 0,49, para obtermos a relação percentual faremos:

0,49 X 100 = 49%

Desta forma, podemos afirmar que, para cada valor monetário de Recursos Totais, existem $ 0,49 de Capitais de Terceiros. Ou, podemos dizer, que os Capitais de Terceiros correspondem a 49% dos Recursos Totais.

Participação dos Capitais de Terceiros em relação aos Capitais Próprios:

PCTRCP = Exigível Total

Patrimônio Líquido


Este quociente demonstra a proporção que existe entre os Capitais de Terceiros e os Capitais Próprios. Mostra quanto a entidade deve para terceiros, a curto e a longo prazo, para cada valor monetário de Patrimônio Líquido ou Capital Próprio.

Este quociente mostra qual é a proporção da participação dos Capitais de Ter­ceiros em relação aos Capitais Próprios.

O ideal é que ele seja inferior a 1 (um), pois estará indicando a existência de ex­cesso de Capitais Próprios sobre Capitais de Terceiros, evidenciando que a empresa possui liberdade para tomadas de decisões.

Quando este quociente for superior a 1 (um), indicará dependência financeira da empresa em relação aos Capitais de Terceiros. Neste caso, a empresa não terá liberdade financeira para tomadas de decisões e permanecerá sujeita às regras impostas pêlos seus credores (juros, prazos etc.).

As empresas devem canalizar esforços visando reduzir ao máximo este quociente pois, quanto menor, melhor será para a situação financeira da empresa. Enquanto o quociente anterior demonstra a proporção dos Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais da empresa, este quociente permite conhecermos a mesma proporção, porém em relação aos Capitais Próprios.

Quanto maior este quociente, menor será a liberdade da empresa para tomadas de decisões e maior será o seu grau de endividamento.

Quanto menor este quociente, maior será a liberdade financeira para tomadas de decisões por parte da empresa e menor será o seu grau de endividamento.

A liberdade financeira da empresa, portanto, varia em função da participação dos Capitais Próprios sobre os Capitais de Terceiros.

Sendo pequena a margem de liberdade para tomadas de decisões financeiras, a empresa não poderá lançar mão de novos empréstimos, pois, são poucas as garantias disponíveis para oferecer às instituições financeiras em troca de recursos, sejam destinados a expandir o negócio ou mesmo a cobrir compromissos imediatos e inesperados.

Há casos em que é vantajoso para a empresa trabalhar com importâncias elevadas de Capitais de Terceiros. É o que acontece quando os lucros obtidos pela aplicação desses Capitais são suficientes para remunerar os compromissos assumidos com a captação desses recursos.

Outro aspecto importante que este quociente revela, é a existência ou não de probabilidade de falência. A existência de alto grau de endividamento em vários períodos, demonstra a ausência de recursos financeiros para saldar compromissos assumidos, situação que pode levar a empresa à falência.

Endividamento Total:

ET = Passivo Circulante + Passivo Exigível Longo Prazo

Patrimônio Líquido


Indica o montante das obrigações a curto e longo prazo em relação ao Patrimônio Líquido

Endividamento a Curto Prazo:

ECP = Passivo Circulante

Patrimônio Líquido


Endividamento a Longo Prazo:

ELP = Passivo Exigível Longo Prazo

Patrimônio Líquido


Composição do endividamento:

CE = Passivo Circulante

Exigível Total


Este quociente demonstra quanto a empresa deve a curto prazo para cada valor monetário de obrigações totais.

Este quociente indica a proporção existente entre as Obrigações de Curto Prazo e as Obrigações Totais, revelando a necessidade ou não de a empresa gerar recursos para cobrir os compromissos de curto prazo, ou poderá revelar, ainda, a existência ou não de tempo suficiente para gerar recursos, visando cobrir os compromissos de longo prazo.

É evidente que, quanto maior o tempo de que as empresas dispõem para pagar as suas obrigações, melhor será a sua situação financeira atual, pois, não precisará preocupar-se em gerar recursos imediatos. Por este motivo, podemos afirmar que, quanto menor este quociente, melhor será para a empresa.

Quando necessitar gerar recursos de curto prazo, visando cobrir os compromissos do Passivo Circulante, a empresa poderá efetuar vários tipos de operações, como: empréstimos a longo prazo, promoção de vendas com descontos especiais, incentivo ao recebimento antecipado de duplicatas etc.

Os compromissos assumidos a longo prazo, por sua vez, poderão ser cobertos com recursos oriundos do desenvolvimento normal das atividades, sem a necessidade de se recorrer às operações que gerem recursos imediatos, as quais, nem sempre, são suficientes para a saúde financeira da empresa, pois, podem acarretar custos elevados.

Endividamento Geral - Mede o montante da dívida em relação ao patrimônio líquido da empresa: quanto menor, melhor.

Considera-se Endividamento total o Exigível total, correspondendo Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo.

Índices:

Grau de Endividamento:

GE = Passivo Exigível a Longo Prazo

Ativo Total


Este índice demonstra como está a participação de terceiros a longo prazo nas aplicações totais do ativo da empresa.

Imobilização do Patrimônio Líquido:

IPL = Ativo Permanente

Patrimônio Líquido


Este quociente demonstra quanto a empresa investiu no Ativo Permanente para cada valor monetário de Patrimônio Líquido.

Este quociente demonstra qual a proporção das imobilizações efetuadas pela empresa no Ativo Permanente, em relação ao Patrimônio Líquido.

Outro aspecto importante demonstrado, é a existência, ou não, de dependência de Capitais de Terceiros para financiar o Ativo Circulante. Se todo o Patrimônio Líquido da empresa for utilizado para financiar o Ativo Permanente, significará que o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo foram financiados somente com recursos de terceiros, fato que, em princípio, não corresponde à situação favorável.

Para melhores conclusões, há necessidade de analisarmos mais profundamente outros quocientes, tais como aqueles que relacionam as Obrigações de Curto Prazo com as Obrigações Totais.

É sempre conveniente que este quociente seja inferior a 1 (um), caso em que indicará que o Patrimônio Líquido é suficiente para cobrir as imobilizações efetuadas pela empresa. Em outros termos, a empresa não imobilizou todo o Capital Próprio.

Quando a empresa não imobiliza todo o Capital Próprio, a diferença será acarretada para o Ativo Circulante e para o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Quanto maior a parcela do Patrimônio Líquido aplicada no Ativo Permanente, menor será a participação dos Capitais Próprios para financiar o Ativo Circulante e o Ativo Realizável a Longo Prazo, maior será a dependência da empresa em relação aos Capitais de Terceiros.

O excesso do Patrimônio Líquido sobre o Ativo Permanente denomina-se Capital Circulante Próprio, pois, corresponde à parcela dos Capitais Próprios que é investida para financiar o Capital de trabalho.

Sempre que houver Capital Circulante Próprio, o Quociente de Imobilização do Patrimônio Líquido demonstrará esta ocorrência, sendo inferior a 1 (um).

Quando a empresa utiliza Capitais Próprios para financiar parte ou o total do Capital Circulante, ela tem maior liberdade financeira para movimentar os seus negócios, podendo efetuar operações de compra e de venda livremente, sem a necessidade de recorrer a terceiros para obtenção de recursos.

É perfeitamente aceitável que as empresas invistam maior parte do Patrimônio Líquido no Ativo Permanente e uma menor parte no Ativo Circulante. Isso ocorre porque conseguir os recursos necessários para financiar o Ativo Permanente é mais:

Capital de Trabalho corresponde ao Ativo Circulante mais o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Difícil, além do que não é aconselhável utilizar Capitais de Terceiros de curto prazo para financiar o Ativo Permanente, pois o retorno do investimento no Permanente normalmente se dá a longo prazo. Quando houver necessidade de utilizar recursos de terceiros para financiar o Ativo Permanente, como ocorre principalmente em ocasiões de expansão, esses recursos deverão ser vencíveis a longo prazo, de modo que possam ser remunerados com os lucros obtidos pela própria movimentação dessas imobilizações.

Remunerar Capitais de Terceiros investidos no Ativo Permanente com recursos gerados por outras fontes que não sejam os Lucros, colocará a empresa em situação de insolvência, obrigando-a a trabalhar mais rapidamente para gerar recursos a curto prazo.

Já os financiamentos para aplicação no Ativo Circulante são mais fáceis de serem obtidos, pois, geralmente, correspondem a obrigações a fornecedores, a empregados, ao governo (impostos) etc.

Quando este quociente for superior a 1 (um), indicará que a empresa aplicou no Ativo Permanente todo o Capital Próprio mais uma parcela dos Capitais de Terceiros. Neste caso, a análise do Quociente de Imobilização dos Recursos Não-Correntes revelará se a empresa está utilizando recursos de terceiros tomados a curto ou a longo prazo.

Sempre que o Patrimônio Líquido for insuficiente para financiar o Ativo Permanente, poderemos concluir que todo o Ativo Circulante mais o Ativo realizável a Longo Prazo são financiados por Capitais de Terceiros, os quais financiam, ainda, uma parte do Ativo Permanente.

Neste caso, é possível afirmar que a empresa encontra-se em mãos de terceiros, os quais investiram mais do que os seus proprietários. Quando a empresa depende dos Capitais de Terceiros em maior proporção que de Capitais Próprios, há indícios de que sua situação econômica e financeira não seja boa, embora, em certos casos, trabalhar com Capitais de Terceiros em maior proporção possa ser mais vantajoso para a empresa, conforme já dissemos.

Sempre que o Ativo Permanente superar o Patrimônio Liquido, é conveniente que o excesso seja financiado por Capitais de Terceiros tomados para pagamento a longo prazo. Esta conclusão pode ser obtida através da análise do próximo quociente.

Imobilização dos Recursos não correntes:

IRñC= Ativo Permanente

Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo


Este quociente demonstra quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente, para cada valor monetário de Passivo Exigível a Longo Prazo mais o Patrimônio Líquido.

Este quociente indica qual o percentual dos Recursos Não-Correntes (Patrimônio Líquido + Resultados de Exercícios Futuros + Passivo Exigível a Longo Prazo) que a empresa aplicou no Ativo Permanente.

O ideal é que este quociente seja inferior a 1 (um), caso contrário indicará que os Recursos Não-Correntes não foram suficientes para financiar o Ativo Permanente, revelando que parte do Passivo Circulante também foi aplicada no Ativo Permanente.

É sempre conveniente que exista excesso de Recursos Não-Correntes para financiar parte do Capital Circulante.

A existência de Capital Circulante Negativo (quando o Ativo Permanente supera o Patrimônio Líquido) pode ser compensada com a longo prazo. A entidade que possui Capital Circulante Próprio certamente terá boa situação financeira. Por sua vez, a inexistência de Capital Circulante Próprio pode indicar situação de insolvência. Essas indagações serão esclarecidas através da análise dos Quocientes de Liquidez.

Os Quocientes de Estrutura de Capitais demonstra a relação que existe entre a origem e a aplicação dos Capitais.

No Balanço Patrimonial, o lado do Passivo mostra a origem dos Capitais que estão à disposição da entidade e o lado do Ativo mostra onde eles foram aplicados. Os Capitais originados conforme demonstra o lado do Passivo, podem ser:

· Próprios - compreendendo o Patrimônio Líquido e o grupo Resultado de Exercícios Futuros;

· De Terceiros - compreendendo o Passivo Circulante e o Passivo Exigível a Longo Prazo.

São esses Capitais Totais (Próprios e de Terceiros) que financiam os investimentos realizados pela entidade, devidamente demonstrados no Ativo.

Quando os investimentos da entidade são financiados pelos Capitais Próprios em proporção maior que os Capitais de Terceiros, podemos afirmar, em princípio, que a situação econômica e financeira da entidade é boa. Quando os investimentos da entidade são financiados pelos Capitais de Terceiros em proporção maior que os Capitais Próprios, podemos dizer, em princípio, que a entidade está endividada e que a maior parte de seus lucros será utilizada para remunerar Capitais de Terceiros.

Entretanto, convém salientar que, se a taxa de juros dos Capitais de Terceiros for menor do que a taxa de lucratividade da entidade, a utilização de Capitais de Terceiros será benéfica para a entidade.

Através dos Quocientes de Estrutura de Capitais nós conheceremos as proporções exatas dos Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais, dos Capitais de Terceiros sobre os Capitais Próprios e das Obrigações de Curto Prazo sobre as Obrigações de Longo Prazo, bem como o reflexo que os Capitais Próprios e os Capitais de Terceiros exercem sobre o financiamento do Ativo Circulante e do Ativo Permanente.

Verificando as observações obtidas pela análise individualizada dos cinco Quocientes de Estrutura de Capitais, nós termos condições de formular opinião a respeito do grau de endividamento da entidade para, depois, partir para o conhecimento do grau de solvência, por meio dos Quocientes de Liquidez.

Quociente de Liquidez, se obtém pelo confronto dos elementos do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo Prazo com elementos do Passivo Circulante e do Passivo exigível a Longo Prazo e serve para determinar o grau de liquidez das empresas, ou seja, a capacidade financeira para saldar os compromissos de curto e de longo prazo.

A análise dos Quocientes de Liquidez revela o grau de solvência da entidade, isto é, mostra a existência, ou não, de recursos financeiros necessários para cobrir os compromissos assumidos com terceiros.

Geralmente, quando a análise dos Quocientes de Estrutura de Capitais indicarem a existência de um grau de endividamento aceitável, da mesma forma, a análise dos Quocientes de Liquidez revelará grau de solvência também satisfatório. A empresa muito endividada, quase sempre, convive com péssima situação de liquidez.

Entretanto, outros aspectos precisam ser analisados, pois, apesar de não ter um bom grau de solvência a curto prazo, uma entidade poderá tê-lo a longo prazo, ou vice-versa. Há situações em que a empresa poderá ter um grau de solvência altamente satisfatório e não dispor de dinheiro para pagar compromissos imediatos.

A análise minuciosa dos quocientes, isolada e conjuntamente, apresentará respostas para estas e para outras perguntas nossas.

Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia. O grau de agilidade de conversão de um investimento, sem perda significativa de seu valor, mede sua liquidez. Um ativo é tanto mais líquido quanto mais fácil for de transformar-se em dinheiro vivo. A moeda é considerada como o ativo mais líquido, mas, é uma reserva de valor imperfeita; quando os preços sobem, o valor da moeda cai.

Liquidez Geral - Esse índice mostra se a empresa tem a capacidade de honrar os seus compromissos em curto e longo prazo.

Índice:

ILG = Ativo Circulante + Ativo realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo


Este quociente demonstra os recursos existentes no ativo circulante e ativo realizável a longo prazo, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante e do passivo exigível a longo prazo.

Liquidez Corrente - Simples divisão entre ativo circulante e Passivo Circulante, produz o Índice de Liquidez Corrente, que reflete a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. O crescimento exagerado das contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de inadimplência, ou ainda, o aumento dos estoques, devido a falhas em linhas de produção ou obsolescência, devem ser expurgados do cálculo desse índice.

Índice:

ILC = Ativo Circulante

Passivo Circulante


Este quociente demonstra os recursos existentes no ativo circulante, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante.

Liquidez Seca - Buscando se obter uma melhor indicação de liquidez, alguns analistas preferem utilizar o índice de liquidez seca, que retira do numerador (dos Ativos Circulantes) o ativo menos líquido que são estoques (especialmente na indústria, menos assim para o comércio). Sobrariam, portanto, apenas o caixa e o contas a receber, ou seja, dinheiro e haveres de mercadorias ou serviços que já foram vendidos e só faltam ser recebidos. A liquidez seca tem por objetivo apresentar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo, sem levar em conta os estoques, que são considerados como elementos menos líquidos do ativo circulante. Após retirarmos os estoques do cálculo, a liquidez da empresa passa a não depender de elementos não-monetários, suprimindo a necessidade do esforço de “venda” para quitação das obrigações de curto prazo.

Índice:

ILS = Ativo Circulante - Estoque

Passivo Circulante


Este quociente demonstra os recursos líquidos a curto prazo (ativo circulante – Estoques) existentes na empresa, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante.

Liquidez Imediata - Na liquidez imediata se elimina, também, a necessidade do esforço de cobrança para honrar as obrigações. Com o desenvolvimento do mercado de crédito, esse índice passou a ter pouca relevância na maior parte das empresas. Nos dias atuais, não é aconselhável manter disponibilidades muito elevadas, deixando de investir na própria atividade.

Índice:

ILI = Disponível

Passivo Circulante


Este quociente demonstra quanto a empresa possui de disponibilidade imediata para cada valor monetário de dívidas a curto prazo.

Índices de Solvência

Do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações correntes e, ainda, apresenta uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam a sobrevivência desta no futuro.

Solvência Geral - A solvência geral mostra a base da situação financeira da empresa, ou seja, a capacidade da mesma em satisfazer suas obrigações de curto prazo, na data do vencimento. Quanto maior, melhor.

Índice:

SG = Ativo Total

Exigível Total


Na estrutura econômico-financeira da empresa deve haver uma certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo prazo sejam financiados por capitais permanentes (capital + reservas + obrigações de médio e longo prazo). Nunca uma dívida de curto prazo deve financiar um bem imobilizado.

Os capitais permanentes não só devem financiar o Ativo fixo, mas, também, uma parte do circulante. A parte do Ativo Circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro. O excesso de capital permanente sobre o Ativo Fixo, que é o capital de giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) financeira que permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e saída provocados pelo ciclo operacional.

Grau de cobertura do Ativo real sobre o Passivo exigível = Ativo Total

Total de Recursos de Terceiros


Quanto maior seja este índice, maior será a solvência da empresa, o qual em todo caso, deverá ser superior a 1. Se o valor deste índice for inferior a 1, significa que a empresa está em uma situação de quebra técnica, o que não supõe que a entidade tenha que suspender os pagamentos, já que uma ótima gestão financeira pode atrasar o aparecimento de tal insolvência e, inclusive, pode até chegar a recuperar um patrimônio líquido positivo.

Índice de cobertura do capital próprio sobre o imobilizado = Capital + Reservas

Imobilizado


Um índice de 1 significa que o imobilizado está financiado totalmente por recursos próprios e, isto, eleva a solidez financeira da empresa.

Índice de cobertura do capital permanente sobre o ativo permanente = Capital Permanente

Ativo Permanente Líquido


Quanto maior for o excesso do valor deste índice sobre 1, ou seja, quanto maior for o valor do capital de giro positivo, mais solvente será a empresa.

Taxa anual de depreciação = Depreciação Anual

Ativo Permanente Bruto

Grau de depreciação = Depreciação Acumulada

Ativo Permanente Bruto


Lucratividade

É igual ao lucro. É o retorno positivo de um investimento feito por um individuo ou uma pessoa nos negócios. É a recompensa pelo risco que o investidor assume ao iniciar um empreendimento.

Rotação do Ativo - O giro do ativo busca informar quanto foi vendido com o valor investido no ativo. Esse índice pode ser utilizado para o ativo contabilizado no final do ano, ou o ativo médio entre o valor do início e final de ano, ou utilizando apenas o ativo circulante, ou apenas o Ativo Permanente etc. Esse índice procura mostrar o quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 (um real) do investimento total. Quanto maior, melhor.

Índice:

RA = Lucro Líquido

Ativo Total


Este quociente demonstra quantas vezes o ativo girou, isto é, quantas vezes ele se renova pelas vendas.

Margem Líquida - A margem líquida serve para medir a eficiência e viabilidade do negócio. As rentabilidades líquidas de alguns setores são superiores a de outros. Porém, a rentabilidade líquida em cada setor, pode ser medida em intervalos maiores ou menores, quando um concorrente do setor dificilmente apresentaria rentabilidade líquida fora desse intervalo.

Índice:

ML = Lucro Líquido após imposto

Receita Anual


Este quociente indica a margem de lucratividade obtida pela entidade em função do seu faturamento

Margem Operacional - A margem operacional serve para medir a eficiência das operações da atividade fim da empresa, incluindo tanto a eficiência fabril como a administrativa. Permite avaliar-se a viabilidade do negócio. Portanto, essa margem mede a porcentagem de lucro obtido em cada unidade monetária de venda, antes dos juros e imposto de renda. Quanto maior, melhor.

Índice:

MO = Lucro Operacional

Receita Anual


Este quociente demonstra quanto a empresa consegue pagar às despesas não operacionais.

Margem Bruta - A margem bruta serve para medir a eficiência com que a empresa coloca o seu produto ou serviço à venda. Portanto, essa margem mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a empresa ter pago seus produtos. Quanto maior, melhor.

Índice:

MB = Lucro Bruto

Receita Anual


Este quociente demonstra quanto a empresa consegue pagar às despesas operacionais.

Rentabilidade do Ativo - Esse índice é útil para comparação com outras empresas do setor ou na evolução ao longo do tempo. Essa rentabilidade indica quão eficientemente estão aplicados os ativos, ou seja, quanto lucro eles estão gerando. Esse índice mede, em porcentagem, a eficiência da administração na geração de lucros com seus ativos totais. Quanto maior, melhor.

Índice:

RA = Lucro Líquido

Ativo Total


A rentabilidade do ativo é calculada quando se deseja ter uma idéia da lucratividade, como um todo, do empreendimento, venham de onde vierem os recursos, admitindo-se as aplicações realizadas.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido - A rentabilidade do P.L. busca indicar a parcela do lucro que sobraria para os acionistas após o pagamento do capital de terceiros. Portanto, mede o retorno obtido sobre o capital próprio investido. Quanto maior, melhor.

Índice:

RPL = Lucro Líquido

Patrimônio Líquido Médio


De início, é preciso dizer que o Patrimônio Líquido Médio consiste na soma do Patrimônio Líquido Inicial com o Patrimônio Líquido Final, dividida por 2. Quando se precisa demonstrar o que ele representa para o acionista, em termos de $ adicionais ao seu investimento inicial, o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é o mais indicado. De outra forma: retrata quanto vai para o acionista do lucro gerado pelo uso do ativo, quaisquer que tenham sido as fontes de recursos, próprias ou de terceiros. Por esta razão, este quociente é de interesse tanto dos acionistas como da gerência.

É importante observar que o cálculo da Rentabilidade do Patrimônio Líquido permite saber quanto a administração, através do uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura de despesas financeiras, considerando-se o nível de relacionamento percentual entre o capital próprio e o de terceiros. Em última instância: evidencia qual a taxa de rendimento do Capital Próprio.

Risco Financeiro – Este índice demonstra o quanto a empresa está passando de divida de terceiros em relação ao capital próprio. É idêntico ao índice da composição do endividamento: demonstra quanto a empresa deve a curto prazo para cada valor monetário.

RF = Passivo Total – Patrimônio Líquido

Passivo Total


Capital de Giro - O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

O capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso. Em geral, de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo. O capital de giro precisa ser acompanhado e monitorado permanentemente, pois está sofrendo o impacto das diversas mudanças no panorama econômico enfrentado pela empresa de forma contínua. As dificuldades relativas ao capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

Redução de vendas

Crescimento da inadimplência

Aumento das despesas financeiras

Aumento de custos

Denominando-se de "aplicação permanente" as contas não circulantes do ativo e de "fonte permanente" as contas não circulantes do passivo, define-se como Capital de Giro (C.D.G.) a diferença entre as fontes permanentes e aplicações permanentes.

RF = Passivo Permanente (Patrimônio Líquido)

Ativo Permanente


O Capital de Giro também é um conceito econômico - financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro.

O Capital de Giro apresenta-se razoavelmente estável ao longo do tempo. O Capital de Giro diminui quando a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo permanente (aumento dos imobilizados).

Todavia, esses investimentos são, em geral, realizados através de "Autofinanciamento" (empréstimos a longo prazo, aumento do capital em dinheiro e lucros líquidos) que por sua vez, aumentam o Capital de Giro (aumento das fontes permanentes) compensando, aproximadamente, a diminuição provocada pelos novos investimentos.

O Capital de Giro pode ser negativo. Neste caso, as aplicações permanentes são maiores do que as fontes permanentes, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanente com fundos de curto prazo. Embora esta condição aumente o risco de insolvência, a empresa poderá se desenvolver, desde que sua Necessidade de Capital de Giro seja, também negativa.

Em Contabilidade, existe o Capital de Giro Circulante, que seria a diferença do Ativo Circulante e do Passivo Circulante, grupos de contas do Balanço Patrimonial.

Esse índice é decomposto na Demonstração conhecida legalmente como Demonstração de Origens e Aplicação, fonte de valiosas informações econômicas da Entidade Contábil. Essa Demonstração (que antes da lei das S/A também já foi chamada de Demonstração de Fundos), pode ser combinada com a Demonstração de Fluxo de Caixa, acrescentado-se informações financeiras de uso gerencial.

Os conceitos financeiros e contábeis provieram de pontos clássicos da Economia. O Capital Circulante, sob essa abordagem, é um conceito criado como o oposto do Capital Fixo.Adam Smith e, principalmente, David Ricardo, foram os primeiros a estudar essa matéria de uma forma científica, própria da Ciência Econômica.

Em Finanças, o fluxo de caixa (designado em inglês por "cash flow"), refere-se ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes, ligado a um projeto específico.

Na Contabilidade, uma projeção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamentos, recebimentos, compras de matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros, por que é necessário prever o que se poderá gastar no futuro, dependendo do que se consome hoje.

Também para administrar adequadamente o capital de giro utiliza-se a fórmula:

Capital de Giro Líquido = (PL + PELP)

(AP + ARLP)


PL- Patrimônio Líquido

PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo

AP – Ativo Permanente

ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo

A fórmula do Capital Circulante Líquido é:

Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante


Necessidade de Capital de Giro - A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa, em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O cálculo através do ciclo financeiro possibilita, mais facilmente, prever a necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de prazos médios ou no volume de vendas.

Demonstração do entendimento:

NCG = (Contas a Receber + Estoque) – Contas a Pagar


Indicadores de Atividades ou Eficiência

Período Médio de Cobrança:

PMC = Duplicata a Receber (média) x 360

Venda a Prazo


Período Médio de Pagamento:

PMC = Fornecedor a Pagar (média) x 360

Compras a Prazo


Giro do Estoque:

GE = Custo da Mercadoria Vendida

Estoque Médio


Idade Média do Estoque:

IME = 360

Giro de Estoque


Giro do Ativo Total:

GAT = Receita Liquida

Ativo Total Médio


Giro do Patrimônio Líquido:

GPL= Receita Líquida

Patrimônio Líquido

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